A velocidade com que a inteligência artificial está evoluindo vem criando um novo tipo de desafio para empresas e startups. Em questão de meses, surgem novos modelos de linguagem, frameworks de machine learning mais eficientes e ferramentas de automação mais acessíveis. Isso muda o jogo: o que era inviável há pouco tempo passa a ser padrão de mercado.
Nesse contexto, definir prioridades de médio e longo prazo se torna cada vez mais complexo. Um projeto que parecia promissor seis meses atrás pode rapidamente perder relevância diante de uma nova API, uma queda drástica no custo de inferência ou uma mudança de arquitetura nos principais provedores.
Isso exige mais do que visão de produto. Exige um acompanhamento técnico constante.
É aqui que o papel do product owner técnico se torna estratégico. Ter alguém no time que não apenas entende a tecnologia em profundidade, mas acompanha sua evolução, sabe diferenciar hype de valor real e consegue traduzi-la em decisões de roadmap é essencial.
Mais do que nunca, não basta apenas ter uma boa ideia de produto. É preciso saber o que é viável hoje, o que será viável amanhã, e como isso afeta as escolhas de hoje. É uma dança entre oportunidade e timing.
Nesse novo ciclo, manter a relevância não depende só de velocidade. Depende de ter o radar técnico bem calibrado e a capacidade de ajustar o leme antes que a corrente mude.