Com a crescente variedade de modelos de linguagem disponíveis, surge uma dúvida recorrente em projetos de IA: qual modelo é mais apropriado para cada tipo de tarefa? A maioria das principais plataformas passou a oferecer pelo menos dois tipos distintos. Um modelo mais tradicional, voltado para tarefas rápidas e definidas. E outro, mais orientado ao raciocínio, capaz de lidar com processos mais longos e ambíguos.
No caso da OpenAI, por exemplo, o GPT-4o é o modelo generalista e veloz, com boa performance em tarefas amplas e alto volume. Já o GPT-o1, lançado com foco em raciocínio estruturado, é mais indicado para situações em que se espera maior confiabilidade, planejamento e interpretação de múltiplas variáveis. A diferença entre os dois não está apenas na precisão, mas na forma como operam. O o1 consegue iterar com mais profundidade, manter coerência entre passos sucessivos e lidar melhor com entradas não estruturadas.
Para tarefas como análise de contratos, decisões financeiras complexas ou planejamento estratégico, o o1 tem se mostrado mais eficaz. Sua arquitetura favorece atenção prolongada e controle de objetivos. Em contrapartida, o 4o é ideal para aplicações que exigem rapidez, economia computacional e resultados consistentes em interações de baixa ambiguidade. Casos de uso como atendimento automatizado, geração de texto rápido e classificação simples são boas aplicações para esse perfil de modelo.
Na Okai, usamos ambos os modelos, e não raramente combinamos os dois no mesmo processo. Em fluxos mais complexos, o GPT-o1 atua como planejador, responsável por estruturar o caminho da tarefa, identificar riscos e definir estratégias. O GPT-4o entra na sequência, executando etapas específicas com agilidade. Esse tipo de encadeamento gera uma sinergia entre raciocínio e velocidade, atendendo tanto à necessidade de precisão quanto à demanda por escala.
Entender o papel de cada modelo é uma escolha estratégica. Saber quando usar, como combinar e onde cada um entrega mais valor é o que separa experimentos de soluções reais.
